Sob o Sol – Entre Devaneios e Palavras não Ditas
Sou Lydia Lourenço, canela
verde de carteirinha, que faz da praia seu escritório nas horas vagas. 25 anos de puro devaneio, paixão
e poesia.
Sou jornalista, escritora, poeta que vez ou outra arrisca
umas composições. Uma incurável amante das palavras
seja cantada, em verso ou prosa, ou daquelas usadas para informar.
Meu
caminho cruzou o de Lorena Lima em um período de conturbações em que procurava um rumo para o qual retornar. Em nossos
encontros com tantas outras mulheres de escrita e de palavra, eu fui aprendendo mais sobre mim, sobre minha
escrita e sobre a palavra em si.
Ela nunca se cala, até mesmo quando não é dita, fica em algum lugar submerso esperando
a autora lhe da voz.
Num desses
meus lampejos, com as provocações da Oficina de contos de Lorena fui dando voz as palavras que havia silenciado nos
últimos meses e encontrando Lydias que eu nem
mais sabia que existiam, enterrando algumas que já não me cabiam e
parindo outras que já haviam passado
da hora de nascer.
Em "Manhã de Sol" eu brinco com o vislumbre
de uma amanhecer que nos clareia a mente. Com as expectativas de conhecer uma nova
pessoa sem deixar que os traumas antigos falem
e de se permitir ao desejo, a vontade que emana de lugares que nem mesmo somos capazes
de identificar.
Na
oficina pensar sobre meu cotidiano, um dos exercícios passados por Lorena, me
fez redescobrir a minha escrita mais
natural, aquela que pulsa e vibra sem força, apesar de sistematizada de certo modo. E tomei fôlego, ganhei força da
potência de todas aquelas mulheres que me fizeram
mais forte e também mais frágil. Uma fragilidade necessária para escrever um bom
conto, uma afetação típica dos poetas, dos escritores, dos amantes das palavras
e dos sentidos.
No
conto em questão eu misturo esses sentidos em tons de amarelo, cor quente e aconchegante a qual dei ao meu conto (outra
atividade também proposta
em oficina).
Em
paralelo com minha redescoberta na escrita, me reencontrei também na minha profissão,
através do meu TCC realizado também somente com fontes femininas. As
vozes de mulheres tantas vezes silenciadas, assim como eu em minha caminhada. E descobrindo mais sobre caminhos alheios também
mergulhei nas profundezas do meu próprio ser. Do meu eu afetado, ingênuo, malicioso, exagerado, potente e fértil.
Que destila verdades, vomita desejos
e pare afetos nesse corpo que chamo de feminino, sempre nutrido pelo Sol. O calor que tudo nutre,
alimenta e fertiliza.
Lydia
Lourenço é jornalista e repórter no ES Hoje, além de escritora em construção. Escreve matérias por ofício e
contos por incumbência, ambos por prazer. Em
breve terá seu conto "Quarto de Vestir" publicado em uma coletânea de contos escritos
só por mulheres por meio da Editora
Luas, de Montes
Claros, MG.
Para acessar o seu conto "Manhã de Sol" acesse o link 👇
https://docs.google.com/document/d/1K9CPHRkoCGGxcLOI5RGMtiP-pld4dXVksCSfIS8T-bI/edit?usp=sharing
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