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Mostrando postagens de dezembro, 2021

A Escrita e o Sagrado no Baú da Memória

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  Buscando um início para este texto, dei partida a uma procura no baú da minha memória pelo momento em que começou o meu processo de escrita. Então encontrei que antes de escrever minhas primeiras letras com a guiança de minha mãe (pedagoga e minha primeira professora de vida e alfabetização), eu era/sou sobretudo imaginativa. As primeiras imaginações não foram escritas, às vezes se materializavam nas brincadeiras com as bonecas, outras não. Ainda hoje, sou mais inventiva que escritora. No entanto, achei algo ainda mais anterior que minhas primeiras criações mentais: minha ancestralidade, mais precisamente, a matrilinear. Como já disse a vocês, minha mãe é amiga das letras, porém, minha avó materna não. Minha avó paterna faleceu quando meu pai tinha 4 (quatro) anos de idade e não sabemos sobre sua (não) grafia. Tendo essas coisas em mente, as questões que me ficam são: o que minhas avós escreveriam? Quem calou a voz de suas mãos? Na infância, não me recordo exatamente a idade, mas

"Renasça"

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Me chamo Mayra, tenho 27 anos de idade vividos com muita intensidade, apaixonada pela vida e pelas palavras, em rumo ao amadurecimento da alma. Sou filha, sou mãe, sou estudante, sou estudada. Ora ou outra sou poesia, outras delas quem as fala. Conheci a Lorena Lima através do Instagram e naquele momento eu tinha um total de zero conhecimento técnico sobre a produção de um conto e o que posso dizer é que foi incrível a experiência. Ao produzir “Aurora” , eu imergi em mim mesma e dei voz a minha alma de uma forma mais estratégica, foi como se de fato eu tivesse amanhecido. Amanheci ao novo, ao aprendizado. A oficina de produção de contos me possibilitou conhecer uma outra face da escrita e me interessar por esse lado mais técnico de escrever. Trata-se de uma desconstrução, uma vez que eu mantinha um sentimento de que a técnica aprisionava a criatividade, quando na verdade ela aperfeiçoa. Além dessa riqueza de aprendizado, tive a felicidade de conhecer e trocar experiência com mulheres i

Sob o Sol – Entre Devaneios e Palavras não Ditas

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  Sou Lydia Lourenço, canela verde de carteirinha, que faz da praia seu escritório nas horas vagas. 25 anos de puro devaneio, paixão e poesia.   Sou jornalista, escritora, poeta que vez ou outra arrisca umas composições. Uma incurável amante das palavras seja cantada, em verso ou prosa, ou daquelas usadas para informar.   Meu caminho cruzou o de Lorena Lima em um período de conturbações em que procurava um rumo para o qual retornar. Em nossos encontros com tantas outras mulheres de escrita e de palavra, eu fui aprendendo mais sobre mim, sobre minha escrita e sobre a palavra em si. Ela nunca se cala, até mesmo quando não é dita, fica em algum lugar submerso esperando a autora lhe da voz.   Num desses meus lampejos, com as provocações da Oficina de contos de Lorena fui dando voz as palavras que havia silenciado nos últimos meses e encontrando Lydias que eu nem mais sabia que existiam, enterrando algumas