Baú de Encantos

 


Meu nome é Denize Ribeiro. Sempre gostei muito de ler e na adolescência passei a escrever algumas linhas, brincando de poetizar, começando aí minha jornada neste universo.

Meu contato com a leitura começou tardio em comparação aos tempos atuais. Ele teve início na escola, com textos tirados da antiga cartilha. E o prazer por ela, foi sendo despertado principalmente por meio de uma professora, que eu ansiava por sua presença em minha sala. Em uma cidade pequenina e pobre, o acesso a jornais, revistas e livros eram artigos de luxo. Me lembro do encanto que tive, já adolescente, com um trecho de “O mundo de Sofia”, lido em uma folha de jornal, que empacotava um pedaço de carne. Com os irmãos mais velhos frequentando a escola há algum tempo, minha casa foi-se enchendo de livros, didáticos é claro. Eram guardados em uma mala antiga de couro, que era o meu baú de tesouros. Depois dentro deste baú foram aparecendo alguns livros de ficção que eram lidos e relidos e relidos. Quando o abria era envolvida por uma magia e viagens ali aconteciam.

Quando mais velha, me tornei devoradora de livros da escola. Fazíamos competição entre os colegas sobre quem lia mais. Nesta mesma época me arrisquei a escrever algumas linhas e participar de concursos escolares com elas, começou a me aventurar por estes caminhos. Mas aí a vida adulta chegou. E com elas uma porção de responsabilidades e outras adultices, e fui afastada deste mundo de magias. Restou-me apenas a leitura, que tentava manter ativa, embora muitas vezes tenha sido deixada de lado também. Passaram-se quase vinte anos, quando em um processo de amadurecimento despertado por terapias infindas, senti a necessidade de novamente registrar meus pensamentos em palavras.

Numa mudança radical de vida, pude mergulhar neste mundo novamente, e o início disso tudo foi com a “Oficina de contos femininos autoficcionais”, promovida pela Lorena Lima através do Projeto "Só Conto Pra Elas". Participar da oficina foi de grande importância para mim, pois soube que poderia escrever novamente, poderia despertar este desejo adormecido a tantos anos. Durante a oficina criei o conto “Medos”, que posteriormente resolvi que se chamaria “Joana” assim como o nome da personagem autoficcional criado por mim. Pareceu-me mais forte e conveniente.

Primeiro dia da Oficina de Produção de Contos Femininos Autoficcionais - Projeto "Só Conto Pra Elas", aprovado pelo Edital Cultura Digital da Seculto/ES/2021 através do fomento da Lei Aldir Blanc. Foram dez mulheres que desenvolveram os seus contos e que também irão publicá-los aqui no blog.   

Agradeço imensamente esta oportunidade, pois depois deste, já foram criados outros contos, como o “Ferrugens” que será lançado pela Editora Selo, dentro de uma coletânea de contos com o tema “As melhores coisas, nunca são coisas”, poemas também, e até um romance que está no forno.

Viva a liberdade de poder traduzir em palavras os sentimentos e criações mais profundos!

Denize é caipira de nascença e coração. Nascida na pequena cidade tropeira de Lagoinha (SP) é mãe, esposa e professora formada em Magistério e Licenciada em Educação Artística/artes cênicas. Amante da cultura popular e da literatura, e aspirante à escritora, vem dando espaço para a escrita, adormecida há muito tempo em seu íntimo.  

Deixo como indicação, a leitura de um trecho de “O Mundo de Sofia”. Não é o mesmo trecho encontrado no jornal, mas dá para apreciar.  

Link para o acesso - "O Mundo de Sofia" 👇

http://www.projeto.unisinos.br/humanismo/etica/Sofia.pdf

Link para acesso do conto “Joana” 👇

https://docs.google.com/document/d/11Q5bYe3c9n-7IM3hY4JnUaaIPBp1vxgnZanFwxCsg8U/edit?usp=sharing

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