Baú de Encantos
Meu
nome é Denize Ribeiro. Sempre gostei muito de ler e na adolescência passei a
escrever algumas linhas, brincando de poetizar, começando aí minha jornada
neste universo.
Meu
contato com a leitura começou tardio em comparação aos tempos atuais. Ele teve
início na escola, com textos tirados da antiga cartilha. E o prazer por ela,
foi sendo despertado principalmente por meio de uma professora, que eu ansiava
por sua presença em minha sala. Em uma cidade pequenina e pobre, o acesso a
jornais, revistas e livros eram artigos de luxo. Me lembro do encanto que tive,
já adolescente, com um trecho de “O mundo de Sofia”, lido em uma folha de
jornal, que empacotava um pedaço de carne. Com os irmãos mais velhos
frequentando a escola há algum tempo, minha casa foi-se enchendo de livros,
didáticos é claro. Eram guardados em uma mala antiga de couro, que era o meu
baú de tesouros. Depois dentro deste baú foram aparecendo alguns livros de ficção
que eram lidos e relidos e relidos. Quando o abria era envolvida por uma magia
e viagens ali aconteciam.
Quando
mais velha, me tornei devoradora de livros da escola. Fazíamos competição entre
os colegas sobre quem lia mais. Nesta mesma época me arrisquei a escrever
algumas linhas e participar de concursos escolares com elas, começou a me
aventurar por estes caminhos. Mas aí a vida adulta chegou. E com elas uma
porção de responsabilidades e outras adultices, e fui afastada deste mundo de
magias. Restou-me apenas a leitura, que tentava manter ativa, embora muitas
vezes tenha sido deixada de lado também. Passaram-se quase vinte anos, quando
em um processo de amadurecimento despertado por terapias infindas, senti a
necessidade de novamente registrar meus pensamentos em palavras.
Numa
mudança radical de vida, pude mergulhar neste mundo novamente, e o início disso
tudo foi com a “Oficina de contos femininos autoficcionais”, promovida pela
Lorena Lima através do Projeto "Só Conto Pra Elas". Participar da oficina foi de grande importância para mim, pois
soube que poderia escrever novamente, poderia despertar este desejo adormecido a
tantos anos. Durante a oficina criei o conto “Medos”, que posteriormente
resolvi que se chamaria “Joana” assim como o nome da personagem autoficcional
criado por mim. Pareceu-me mais forte e conveniente.
Agradeço
imensamente esta oportunidade, pois depois deste, já foram criados outros
contos, como o “Ferrugens” que será lançado pela Editora Selo, dentro de uma
coletânea de contos com o tema “As melhores coisas, nunca são coisas”, poemas também,
e até um romance que está no forno.
Viva a
liberdade de poder traduzir em palavras os sentimentos e criações mais
profundos!
Denize
é caipira de nascença e coração. Nascida na pequena cidade tropeira de Lagoinha
(SP) é mãe, esposa e professora formada em Magistério e Licenciada em Educação
Artística/artes cênicas. Amante da cultura popular e da literatura, e aspirante
à escritora, vem dando espaço para a escrita, adormecida há muito tempo em seu
íntimo.
Deixo
como indicação, a leitura de um trecho de “O Mundo de Sofia”. Não é o mesmo
trecho encontrado no jornal, mas dá para apreciar.
Link para o acesso - "O Mundo de Sofia" 👇
http://www.projeto.unisinos.br/humanismo/etica/Sofia.pdf
Link para acesso do conto “Joana” 👇
https://docs.google.com/document/d/11Q5bYe3c9n-7IM3hY4JnUaaIPBp1vxgnZanFwxCsg8U/edit?usp=sharing
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