Vermelho Esperança!

- agosto 31, 2021

Olá!

Eu sou o Marthins. Drag Queen, artista preto da cena e amante de relações intensas. Essas e outras texturas e nuances, me fazem quem sou. Sou ator e professor licenciado há 4 anos, porém, minha paixão pela arte começou anos atrás. Por meio de oficinas e cursos livres, comecei minha caminhada. Nesse tempo, pude vivenciar as pautas e manchetes como estudante de jornalismo, os molhos e cortes como aluno de gastronomia, mas por fim, foi na licenciatura em Artes Cênicas, que encontrei meu combustível, meu ar, minha expressão mais autêntica.

Minha relação com a escrita, me acompanha desde a infância, desde o anseio por ler tudo o que via com meus quatro, cinco anos até a facilidade de criar histórias, universos, mentiras (rs) – também, muito novo. Durante a adolescência, escrevia contos eróticos, durante as aulas de exatas (matérias que sempre odiei, rs) e logo, para escrita de dramaturgias, norteado pela necessidade de mobilizar uma produção teatral escolar no contexto em que estava. O que, de fato, aconteceu. Vieram as primeiras esquetes, logo peças, textos avulsos, até que um filme. Todo escrito por mim durante o ensino médio.

Nos primeiros anos na universidade, estudando comunicação social, muitos novos textos, editoriais, contos, crônicas e principalmente dramaturgias. Entre uma experimentação e outra, entre uma ou outra troca de curso, algumas pausas. Foi ao ingressar nas artes cênicas, que a escrita não me largou mais. Sempre uma nova adaptação, um diário de ensaio, monólogos interiores, contos e etc.

Agora em 2021, na oficina de produção de contos audiovisuais, tenho um novo encontro com a escrita, uma escrita altamente expressiva e principalmente madura. "Batom Vermelho" meu conto audiovisual, escrito e produzido, com o apoio da equipe do Grupo Beta de Teatro (Vitória/ES), muito bem representada por Lorena Lima.

Conheça o conto, o roteiro e o áudio da narrativa 👇👄

https://drive.google.com/drive/folders/1jhnNjE096-c5zz1BeRolmJeqS4tg-9ZP?usp=sharing

Que encontro!!! Que processo!!!

Processo que criou escavações no EU, escavações essas, que proporcionaram tantas percepções, sentimentos, relação intensa sabe? (rs). Tudo isso, em um momento de tantas incertezas. É tão gratificante, passar por uma investigação artística dessas, tão centrada no seu universo particular. Podendo com honestidade se desmembrar, observa-se de dentro para fora, de fora para dentro e em todas outras óticas possíveis.

"Batom Vermelho" metaforiza essas óticas, as possibilidades de ser nesse contexto pandêmico. As perspectivas de ser e estar nesse momento em que estamos aqui, observando o rolar dos dados. "Batom Vermelho" é sobre ser/estar e sobreviver, é sobre olhar só para fora, só para si e para ambos em concomitância. É sobre ter e perder, sobre não ter, sobre ser e não poder ser. É sobre urgência, sobre salvação!